Foto:Gabriel Haesbaert (Diário)
Defesa Civil de Santa Maria vistoriou, nos últimos dias, o acesso à ERS-516. Já o Daer afirma que fará algo quando o tempo melhorar
Se na cidade, sejam nos bairros ou vilas de Santa Maria, a situação dos buracos está preocupante, a zona rural do município não fica para trás. A reportagem percorreu, na tarde de ontem, a ponte da ERS-516 (que fica na divisa entre uma via municipal e, outra, estadual) e que também dá acesso ao distrito de Santo Antão e ainda ao município vizinho de São Martinho da Serra.
A estrutura de pouco mais de 10 metros - por onde embaixo passa uma linha férrea - está tomada de crateras e com parte da cabeceira da ponte danificada. Sendo que em um dos lados, parte dela já caiu. O risco faz companhia do policial militar Jean Carlo Figueiredo, 47 anos, que passa duas vezes por dia no local:
- Além da manutenção do carro, que é feita com uma periodicidade muito maior, o que mais preocupa agora é o risco que ela apresenta. Vai saber se do jeito que ela está, quanto tempo mais (a ponte) fica em pé. Isso daqui a gente sabe que é do Estado, mas parece que não estão nem aí para a comunidade daqui.
O produtor rural e morador do distrito de Santo Antão Antão Altamir de Oliveira, 55, não esconde a preocupação de passar pela ponte. Ainda que não minimize os problemas que tem com o carro, no momento, o medo maior é a situação da ponte:
- Não tem como passar rápido pela ponte, já que a buraqueira é terrível. Tem que ser devagar. E é claro que a gente se preocupa ao passar pela ponte.
Se é ruim para quem passa de veículo, agora imagine a pé. Foi o caso do açougueiro André Prondi, 38, que além de sujar os calçados e parte da roupa, também se mostra temerário com a situação das cabeceiras da ponte:
- Para os carros é complicado. Mas a pé é, eu acho, ainda pior. Porque não podes andar no meio dela porque aí te molhas ou um carro pode te pegar. O jeito é ir pelos lados. Mas a cabeceira não traz segurança alguma, parece que ela já vai cair.
Por e-mail, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) se limitou a dizer que "deve realizar a manutenção do trecho assim que as condições climáticas permitirem".
VISTORIA
A pedido de moradores, a Defesa Civil de Santa Maria tem acompanhado, desde a semana passada, a situação. O superintendente do órgão, Adão Lemos, afirma que visivelmente não se constatou nenhuma fissura ou rachadura que ponha em risco a estrutura:
- Não notamos nada que, a princípio, comprometa a parte de cima da ponte. É claro que o pavimento (da ponte) tem que ser recuperado e a dificuldade encontrada pelos moradores é também o acúmulo de água na ponte. Reforço que, visivelmente, não se encontrou nada que possa comprometer a estrutura. A parte do talude da ponte também parece estar intacto.
Ainda assim, Lemos afirma que será feito, tão logo as condições climáticas permitam, um serviço de drenagem no local:
- O que se verificou e o que iremos fazer é melhorar a questão da drenagem justamente por ali ser uma área com declive junto aos dois lados que se chega à ponte. Com isso se pode, por exemplo, evitar a erosão do talude. Será feita, nos próximos dias, uma drenagem junto às valetas de ambos os lados da ponte, o que deve garantir um escoamento da água pluvial (chuva) e, assim, evitar com que a pista da ponte fique alagada.